António José Ribeiro

Economista de profissão, a trabalhar em Lisboa há mais de 20 anos, natural de Trás-os-Montes. Licenciado pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e pós-graduado em Marketing pelo ISEG, Lisbon School of Economics & Management. O gosto pelas viagens começou ainda no período universitário, no ano em que fui estudante Erasmus na Universidade de Bolonha, em Itália. A ideia de aprender através de uma viagem para outro país e outra universidade iluminou-me o pensamento numa tarde contemplativa nas escadas de San Giorgio Maggiore, em Veneza. Foi com os olhos postos sobre a lagoa azul-turquesa, que nasceu O Viajante Aprendiz. O interesse pela fotografia aconteceu nos anos que se seguiram, já em Lisboa, e foi crescendo a cada ano. Sempre autodidata, apesar de dois workshops no Instituto Português de Fotografia, em composição e técnica fotográfica. Economista, fotógrafo, viajante, melómano, geek, curioso por tudo o que é novidade tecnológica... e sempre aprendiz.

O Viajante Aprendiz: 
Viajar é reinventar o mundo, olhar o mundo com imaginação

A fotografia é a minha religião. As cores e a natureza a fonte de inspiração. Viciado em tecnologia. Gosto de explorar novas formas de olhar o mundo. A contemplação dos lugares. Por isso, viagens e fotografia são, para mim, indissociáveis. A beleza não está nas fotografias, mas na forma de olhar o mundo. Viajar é a forma mais emocionante de nos perdermos neste labirinto que é a vida. E quanto mais viajo, mais percebo o quão pouco eu já vi. Há quem veja como um interesse, um hobbie. Eu acho que é bastante mais do que isso: é mesmo sede e fome de mundo!

Os fotógrafos são contadores de histórias. Geralmente contam a história dos outros. Eu optei por contar a história de um personagem que inventei. Porquê O Viajante Aprendiz? Do universo das palavras que conheço estas duas são das que mais gosto. Cada vida é uma viagem com muitas viagens dentro e em permanente aprendizagem. Há quem conte histórias através de palavras, eu resolvi contar a viagem através das lentes e das imagens captadas.

Fotografar é uma forma de estar na vida, de observar, de ver o mundo, eu e os outros. Não é uma profissão. É muito mais do que isso. Olhar através das lentes é mais do que fazer disparos, é mais do que resolver a equação matemática das variáveis que definem os valores para eternizar aquele instante. O que gosto de fotografar são as cores, o céu, as nuvens, o gelo, paisagens vazias como o deserto e o silêncio. E há cores e paisagens que são impossíveis de esquecer. As fotografias são a memória do olhar, escrita num alfabeto de luz e cor.

Não sei se as viagens são um pretexto para fotografar, se a fotografia é um pretexto para viajar. Mas os meus destinos são sempre escolhidos em função do interesse fotográfico. Ainda assim, não tenho nenhuma lista de países a visitar, nem me interessa contar os países visitados. Podia até ir vezes sem conta para o mesmo lugar, desde que nele encontrasse todas as cores que procuro. 

Não me importo tanto com o registo de como o mundo é (isso é tarefa de jornalistas e repórteres), mas mais como o imagino. Porque viajar não é ir aos sítios, é inventá-los. Viajar é reinventar o mundo, olhar o mundo com a imaginação. É abrir uma porta que nunca mais se fecha e a imaginação é o único limite para o horizonte que pode ser visto. Não há nada mais gratificante do que viajar. Não paga juros, não paga dividendos, mas é um dos melhores investimentos que podemos fazer. Espero que a vida me dê dias suficientes para ver todos os lugares onde quero ir e os outros que não imagino sequer que existam. E o que é que as viagens me acrescentam? Silêncio, mas a cores.

Principal material utilizado para fotografar

Câmera reflex Canon EOS 5D Mark III + Câmera CSC Fujifilm X-T20
Drone DJI Mavic 3 (câmera Hasselblad) 
Câmera desportiva GoPro HERO 12 Black 

Trabalhos publicados

Capa do livro “Trás-os-Montes, o Nordeste” de José Rentes de Carvalho, editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, em 2017;

Artigos de imprensa

"A paisagem “viciante” da Islândia", de Luís Octávio Costa, no jornal Público (19/02/2018);

Glaciares, vulcões e cavernas de gelo. Se não é outro planeta, parece!”, de António José Ribeiro e Filipa Rendo, na edição n.º1 da PROTESTE Viagens (verão/outono de 2018).

 

ⓒ O Viajante Aprendiz - Portfólio fotográfico de António José Ribeiro